“Acordo histórico” contestável
Questionada sobre o facto de a ASPE não ter assinado, em setembro, o acordo relativo à revisão das tabelas salariais, Lúcia Leite afirmou perentoriamente que “à ASPE ninguém perguntou se queria assinar esse acordo”. E explicou que as reuniões com a atual equipa da Saúde tiveram início em abril, o protocolo negocial foi firmado a 4 de julho e, desde essa data até 16 de outubro, “nunca nos apresentaram qualquer proposta, nem sequer uma contraproposta às propostas que a ASPE apresentou desde o início”.
A Presidente da ASPE teve a oportunidade de mencionar que o protocolo negocial assinado com a tutela previa a alteração salarial e a organização do tempo de trabalho através de Acordo Coletivo de Trabalho. Contudo, a proposta que resultou do acordo entre a plataforma dos cinco sindicatos e o Ministério, entretanto publicada no Boletim do Emprego e Trabalho (BTE) prevê efetivamente a terceira revisão à carreira de Enfermagem. Nesse sentido, a ASPE apresentou publicamente e ao Ministério a sua pronúncia relativamente ao documento, por considerar que a proposta, a médio e longo prazo, apresentada não resolve, mas antes agrava injustiças.