ASPE no Cascais International Health Forum 2025
20 e 21 de março de 2025

Ao longo de dois dias, o Centro de Congressos do Estoril acolheu o Cascais International Health Forum 2025, um evento global que reúne líderes, decisores políticos e profissionais de saúde com o objetivo de enfrentar os desafios atuais e emergentes da Saúde em Portugal e no Mundo. A Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) participou no evento, comungando em absoluto dos seus principais pilares: inovação, equidade e resiliência.
No Cascais International Health Forum 2025 estiveram em destaque temáticas como:
- O papel da inteligência artificial, blockchain e big data na melhoria da prestação de cuidados aos utentes e dos seus resultados.
- Preparação para pandemias, resistência a antibióticos e crises de saúde pública.
- Estratégias para reduzir as desigualdades, assegurando acesso universal a cuidados médicos de alta qualidade.
- O papel dos sistemas de saúde na promoção de estilos de vida mais ecológicos e saudáveis num contexto de aquecimento global.
- A crescente importância da saúde mental devido a crises globais e abordagens inovadoras aos desafios da saúde mental.
- O fardo crescente das doenças não transmissíveis.
A ASPE esteve representada neste fórum por Lúcia Leite, Álvara Silva e Andrea Oliveira, Presidente e vice-presidentes da Direção, bem como Maria Guimarães, Vice-presidente do Conselho Nacional.
Destacamos, no primeiro dia, a conferência “Desafios Globais para a Próxima Década”, a cargo de Álvaro Santos Almeida, Diretor Executivo do SNS. As alterações climáticas, a instabilidade geopolítica, os avanços tecnológicos, e a absolutamente fundamental resiliência económica foram as principais temáticas abordadas.
Numa altura em que o mundo se confronta com crises ambientais, políticas e sociais, o objetivo desta sessão foi discutir as estratégias para enfrentar os riscos globais e procurar um futuro resiliente e inclusivo.

No segundo dia, salientamos a sessão paralela intitulada “Os Hospitais e os Desafios da Integração em Unidades Locais de Saúde”. Coordenada por Manuel Delgado, consultor na área da Saúde, este espaço de debate de ideias suscitou a intervenção de Lúcia Leite. A Presidente da ASPE deixou uma pergunta para reflexão: Como devem os conselhos de administração lidar com as consequências negativas das políticas de incentivos, nomeadamente com a gestão dos profissionais que, por motivos de saúde, são excluídos das equipas incentivadas pela produção?
A mesma interlocutora defendeu que a “a articulação é fundamental”, mas a gestão das ULS deve ser menos hospitalo/medicocêntrica, menos centrada no tratamento e na produção. O foco deveria estar na prevenção da doença e na promoção da saúde, algo que compete aos diversos profissionais dos Cuidados de Saúde Primários.
As ideias defendidas por Lúcia Leite foram precisamente algumas das conclusões desta sessão: a necessidade de aproximar as macroestruturas hospitalares das microestruturas locais, sendo uma oportunidade única para melhorar a resposta dada às populações. A importância de mudar o foco da doença para a saúde, destacando-se os benefícios para utentes e profissionais, além da sustentabilidade económica do sistema foi outro dos temas evidenciados.
Em debate também estiveram os desafios do sistema herdado pelas novas ULS, incluindo a rigidez na articulação entre diferentes níveis de cuidados e problemas nos sistemas de informação.
Os palestrantes e os participantes na sessão refletiram igualmente sobre as ULS universitárias que, sendo centros de investigação, inovação e capacitação profissional, devem ser adequadamente financiadas.
Com a participação no Cascais International Health Forum 2025, reafirma-se o papel da ASPE enquanto parceiro atento e ativo do debate em torno do futuro da Saúde, que se espera inovador, equitativo, resiliente e sustentável
Juntos construímos o futuro!

